ERAM APENAS PALAVRAS
Eram apenas palavras
Migrando
Entre estações,
Rascunhando distância
Pelo improvável pouso temerário –
As expressões
No semblante do espanto!
Eram sem preço esse abuso de meios,
E esse emissário de afetos perfeitos –
Asas tocando
O infinito em desuso
Sobre orgulhosas ilhotas partindo –
Pontes sacodem suicidas felizes
Entre a manhã
E o crepúsculo em rogos.
Eram sentenças
Que o outono cumpria
Fosse qual fosse o hemisfério da dor.
Céu no papel
Perde a cor mas encerra
Mundos
Na estrita canção que não pausa,
Pousa,
Imprevisto, fortuito milagre.
Migrando
Entre estações,
Rascunhando distância
Pelo improvável pouso temerário –
As expressões
No semblante do espanto!
Eram sem preço esse abuso de meios,
E esse emissário de afetos perfeitos –
Asas tocando
O infinito em desuso
Sobre orgulhosas ilhotas partindo –
Pontes sacodem suicidas felizes
Entre a manhã
E o crepúsculo em rogos.
Eram sentenças
Que o outono cumpria
Fosse qual fosse o hemisfério da dor.
Céu no papel
Perde a cor mas encerra
Mundos
Na estrita canção que não pausa,
Pousa,
Imprevisto, fortuito milagre.
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