POETA ENCANTADO.

Lua,instrumento

da noite,

o que queres ao

banhar a bacia

do vale,

os fósseis plantados

no silêncio

bestial da terra,

a bico seco do

amante Colibri,

e as flores fechadas

na sua beleza,

o marfim das nuvens

que se abraçam

no largo céu

onde trafegam querubins,

o rio que corre

molemente sob os

olhos da lua,

lua, lua mandona,

dona da noite e de

seus mistérios,

lua que me planeja

para o amor,

e enquanto a noite

se refaz,

o céu afasta as convulsões,

e estrelas se enfeitam,

o palco perfeito

para me encantar,

como e bebo teu brilho,

como um faminto

o manjar,

bebo seus raios como

a boca sedenta dos

amantes se beijam,

e sem dar conta de mim

me derreto em poesias,

não duvide,

a noite, a lua é o poema,

eu, sou nada, sou vaga

expressão de um

poeta encantado.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 30/08/2017
Código do texto: T6099702
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