Balas cor-de-rosa
Hoje eu tenho um trabalhinho
Muito, muito complicado:
Fazer um poema doce
Sobre meu mundo encantado.
Pela estrada cor-de-rosa,
Caminho ao som de andorinhas,
Procurando inspiração
Ao saltitar por pedrinhas.
Pouco a pouco, me aparecem
Nuvens de doce algodão.
As flores falam comigo
E é reluzente o chão.
Chega uma música à mente:
Puro sonho, surreal!
Cantando o céu cor-de-rosa
Desta cidade infernal.
Ah... Mas que inferno, que nada!
Cidade Maravilhosa!
É isso o que todos dizem;
Não há outra mais formosa.
Temos alguns probleminhas.
Coisa pouca! Irrelevantes!
Respingos em rosa-choque
Num céu de balas traçantes.
Na Mangueira, verde e rosa,
Soam vibrantes rajadas.
Não me apavoro: É um samba
Com metralhas ensaiadas.
Só para fixar o tema,
Um rosa-carne reluz.
São as crianças do Chico
Que se alimentam de luz.
Ah, quanto sonho e beleza!
Rio cor de rosa-chá...
Só vejo um momento triste:
A hora de despertar.
(Verônica – 29/08/2017)
Você gostou?
Conheça outros poemas de minha autoria na página
https://www.facebook.com/poeta.veronica/
Obrigada pela visita!