Poeta sujo

Passo a língua nos títulos

e arroto soberano e imbatível.

Um poema bebido no escuro

e sem angústia de condição.

Basta o ser e ponto.

Nada de mortal beleza

que lhe tire o sono

ou, cômoda concordância.

Da escrivaninha?

Nem saudade.

Benilton
Enviado por Benilton em 29/08/2017
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