MEA CULPA (in: Goiânia Post-Mortem)

É um esforço tremendo

Para não dizer que te amo,

Pois quando digo,

Te afastas...

Quis compartilhar meus sonhos e planos

E foi precisamente essa a minha perdição:

Devia ter deixado que viesses a mim

Naturalmente;

Por quereres,

Não por te sentires obrigada ou impelida a isso...

Será que pequei em meu desespero,

Em minha ânsia por querer-te?

É errado desejar-te a meu lado a todo tempo,

Quando só o posso por algumas poucas horas

Em dias esparsos

(Os quais me são os mais felizes e preciosos)?

Sim, eu te amo,

E peço perdão por isso.