PÁGINA EM BRANCO.

Há meus bons,

o mundo está

depravado,

há mais palavras

que sons,

palavra é cumê

para os olhos,

sons são para

da alma,

não sei por que

tanta solidão

nesta masmorra

chamada vida.

O que me fez feliz

foi o som

desconhecido,

que se fez tão parecido,

com cantiga de ninar,

mas que asneira meu

pensar,

não sei se rio, ou se choro,

e sem ruido,

a tarde se desfaz,

o vento leva flores de Ipê,

beija-flor leva o mel,

que mundo cão,

tantas coisas sucedendo

na mesma hora.

Mães e Pais

planejando os filhos,

moças ficando pra

titias,

a mulher do ônibus

afirma que açúcar

da diabetes,

outra mulher dizia

que bicho humano

é animal,

e que o homem é perigoso

bicho,

a menina da saia curta

sunga a saia

para aparecer o fundilho,

o homem do povo miúdo

roseta a mula,

em outras partes

alguém faz alguma

asneira,

eu agora mesmo,

inventei a maquina

de desinventar o

tédio,

peguei a Xícara

florida,

queria beber café com

flores,

nas flores se lê

amores,

em mim não se lê nada,

sou uma página em

branco,

que não faz parte

deste louco mundo.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 29/08/2017
Reeditado em 16/09/2017
Código do texto: T6098739
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