_______CONHEÇA-ME______
Talvez por o Sol dormir-se de si mesmo,
desejando mediar em ciclos a intensidade dos horrores dos mortais,
o frio venha como uma necessidade visceral de abafar os instintos primitivos
daqueles cansaram-se de orar à Deus.
Ah, ó majestoso recurso de aquecimento
nessas noites que nem anjos sabem o propósito de sua existência,
cobertor a que devo atribuir a sua incapacidade?
Já eu que não discirno pássaros azuis de paraísos
encomendados que flutuam entre meus neurônios,
fórmulas de formas sintetizadas de um bem querer,
resisto. Não que eu o saiba, não saberia dizer se quer
se Hamlet conversou com Júpiter ou acordado dizendo
coisas de outras coisas que não precisam ser ditas.
Ah, ah............. Ah eu! Submissa feito um humano que
adormeceu para o sempre agora em plena selva amazônica,
sou só isso, frio em frio.
Frio, não o meu, diz qual o teu motivo que darei risadas
dessas mazelas que chama de tua. Tente ser humano
e verás que teu motivo é tão nobre quanto a percepção
mundial daquele humano da selva amazônica que se
quer entrará na mais precisa das estatísticas.
Enfim, não te entendo, oras, entender é o absurdo,
querer te entender então? Ó, é parte desse
absurdo que entender!
Por hora vou-me, há outro recursos, digo
desmoralização cerebral em binários?
Digitais e mais digital em uma arquitetura
ultra-moderna de fazer vida sem vida?
Se houver, não me conte o nome do fabricante,
conheça-me, não, não falo de dar razão ou não,
concordar ou não, é menos, bem mesmo,
conheça-me apenas, e o que já está dito processando
em vários bits conflitos e mais conflitos, te chamará pelo
nome: eu existo para não existir coisa alguma, serei humana
no momento propício.
Desenhei um Sol com Nuvens e Pássaros como fazia
na infância, mas não vi sentido em colocar aquele traço
fundamental indicando o sorriso do Sol.
(Fernanda Maia Oliver)