Escrevo!
E escrever pra mim é quase tudo
Escrevo sobre todo mundo
Escrevo sobre minhas dificuldades
Quando escrevo sinto felicidade
Escrevo sobre a minha verdade
Escrevo em zigue-zague
Escrevo falando de amigas
Escrevo sobre coisas antigas
Escrevo sobre pessoas perdidas
E também sobre pessoas que foram iludidas
Escrevo sobre os vai e vem da vida
Escrevo falando dos meus filhos
Escrevo falando dos meus amigos
Escrevo falando sobre o meu marido
Escrevo falando dos oprimidos
Escrevo falando sobre os conhecidos
Escrever é uma arte
Da minha vida há dois anos faz parte
Escrever também é um disfarce
Quando escrevo entro em êxtase
Quase não me reconheço
Quando escrevo me viro pelo avesso
E descubro que tudo na vida tem um preço
Escrever para mim
É um grito com os dedos
É um canto do meu desassossego
É falar quem sou eu
Escrevo falando dos meus
Escrevo poesias
Escrevo letras de músicas
Escrevo todos os dias
Escrevo antes do café
Escrevo falando de fé
Escrevo antes do jantar
Escrevo tanto que não tenho tempo para falar
E as vezes não tempo para mim alimentar
Escrevo antes de deitar
Escrevo nas noites de insônia
Que são quase todas
Escrever falando da falta de sono
Escrevo sobre o que é desumano
Escrevo falando que cometemos um engano
Escrevo ao me levantar
Quando dou por mim
Estou escrevendo ao andar
Não com os dedos
Mas com as palavras na minha mente
Elas fazem uma coreografia
E me dizem que tenho arruma-las um dia.
Geovana Borges
A POETISA DE SANTOS QUE É BAIANA
29 /08/2017
Uma terça feira em Santos
14h05m
Não minha amada como