Mesmo?
Não era a mesma sala
nem o mesmo sofá.
A casa?
Também não.
Nada, exceto
pela música.
Qual música?
Não importa.
Eu ainda
sento do mesmo lado do sofá.
Mesmo não sendo o mesmo.
Pra fumar,
escrever
lembrar e esquecer.
O seu cheiro,
aviva mais ainda
a lembrança.
Parece que foi ontem.
Não era mesmo,
mas podia ser.