Mesmo?

Não era a mesma sala

nem o mesmo sofá.

A casa?

Também não.

Nada, exceto

pela música.

Qual música?

Não importa.

Eu ainda

sento do mesmo lado do sofá.

Mesmo não sendo o mesmo.

Pra fumar,

escrever

lembrar e esquecer.

O seu cheiro,

aviva mais ainda

a lembrança.

Parece que foi ontem.

Não era mesmo,

mas podia ser.

Márcio Filho
Enviado por Márcio Filho em 28/08/2017
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