MORTO-VIVO

MORTO-VIVO

Vive morto-vivo

Em caixão aberto

Perambula fantasmagórico

Por ruas e praças

Numa avenida de tropeços

Leva pedras no bolso

Elas não pesam

Não pensam

E ele as atira na cabeça

Sublimadas em fogo

Que o incinera

E mata-o

Pensando

Estar vivo

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 28/08/2017
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