Um frenesi e uma noite embriagada
Em destinos que se desencontram,
nos achamos na mesma cidade,
e enquanto minha vida se perde nas curvas
criadas pelo teu sorriso que me guia
mas que não sei para onde.
Destino é a fé no desconhecido,
a conduzir ao negro das estrelas
a me guiar por constelações escondidas pelas nuvens,
a me impedir de ver o rumo
que minha vida deve seguir.
Enquanto o carro consumia as faixas amarelas
as luzes da cidade adormecida,
observam na janela
um reflexo que despertou aquele a quem tanto temo,
o Eu que lhe tem evitado
por medo de despertar memórias dormentes
há tanto.
E não ha vodka,
cerveja,
ou literatura
que apague o vermelho do sinal que impede
o futuro de seguir seu rumo
que segue um destino incerto,
no qual o tempo brinca
com olhares,
suspiros,
e finais
que se iniciam
no adormecer,
no nascer de sóis
mas que já não se fazem presentes
no alvorecer.