sim, o mundo acaba amanhã.
acorde mais cedo ,
antes do fim da manhã,
escove os dentes e veja_
este no espelho é você.
arrume bem sua cama,
diga eu te amo para alguém
que compartilha o adeus
nas mesma casa dos seus.
em cima da mesa,
o leite o pão o café,
o beijo guardado da noite,
um jornal qualquer.
a Lua em cima do muro,
a flor pisada no chão,
o coração da palavra
sobre o papel do pão.
calce os sapatos depressa,
escolha o que vier,
se tiver sede, beba água,
o tempo está contra você.
para garantir
dê duas voltas
na gravata
sobre o pescoço.
junte as fotos guardadas
leve o terço e a cruz
reze tres vezes dobrado
abra a janela azul,
o céu não é mais,
ao longe,
nenhum oceano.
sinta o asfalto
ruir sob seus pés,
olhe fundo,
olhe a fenda,
defenda-se.
esqueça os planos
os donos da sua casa,
a aluguel,
o papel assinado.
o compromisso é outro
que chamem de louco,
que acendam o fogo,
que seu corpo queime
na fogueira mística.
o mistério dos óculos escuros,
o que havia nas prateleiras,
as coisas que se espalhavam
como cobras cascavéis
bailando sobre os papeis...
acorde mais cedo ,
antes do fim da manhã,
escove os dentes e veja_
este no espelho é você.
arrume bem sua cama,
diga eu te amo para alguém
que compartilha o adeus
nas mesma casa dos seus.
em cima da mesa,
o leite o pão o café,
o beijo guardado da noite,
um jornal qualquer.
a Lua em cima do muro,
a flor pisada no chão,
o coração da palavra
sobre o papel do pão.
calce os sapatos depressa,
escolha o que vier,
se tiver sede, beba água,
o tempo está contra você.
para garantir
dê duas voltas
na gravata
sobre o pescoço.
junte as fotos guardadas
leve o terço e a cruz
reze tres vezes dobrado
abra a janela azul,
o céu não é mais,
ao longe,
nenhum oceano.
sinta o asfalto
ruir sob seus pés,
olhe fundo,
olhe a fenda,
defenda-se.
esqueça os planos
os donos da sua casa,
a aluguel,
o papel assinado.
o compromisso é outro
que chamem de louco,
que acendam o fogo,
que seu corpo queime
na fogueira mística.
o mistério dos óculos escuros,
o que havia nas prateleiras,
as coisas que se espalhavam
como cobras cascavéis
bailando sobre os papeis...
Mário Sérgio de Souza Andrade – 27/08/2017