RESTA APENAS LENDA
Este é o tempo dos homens sem face
de rostos vagando no ar
Canhões fecundam a miséria com as lágrimas dos velhos
Políticos + discursos + banquetes + greves=cobertor para um delírio inerte
As ruas + os céus + os mares derrotados pelo computador
O fogo nós perdemos num labirinto de religião e crime
Resta apenas lenda
e olhando as faces nos lagos
veremos, os sonhos viraram pedras aladas
Procura-se na estátua degolada
algo além da forma
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Vejo dançando na crista do crepúsculo os cavaleiros da honra
da dignidade e da igualdade
sob as nuvens de lixo de um crepúsculo de araque
As grades da escuridão pregadas na alma
sangram a inutilidade e o vício
nas falhas do sol,
fantasmas também desenvolvem tecnologias
abismos permanecem vazios
apenas
aos que que não enxergam