DESACERTOS
Em desacertos me perco,
se não estás junto a mim.
Ponho-me, então, à janela,
ansiosa,
esperançada,
querendo a tua presença
no silêncio do meu quarto,
preenchendo a noite longa,
e as insones madrugadas.
Olho o céu,
olho as estrelas,
a conspiração das nuvens
que passeiam
como ovelhas desgarradas.
Fachada cega sou eu
deambulando sozinha
numa estrada esburacada,
que nem sei
se é a minha.