Despossuída

De ter nascido de uma verdade

Assim denominada Flor

E da terra guardá-la odor e luz

Raiz da minha eternidade

De ter sido batizada em rio

Por suposto aí meu segredo com a lua

De cada mergulho tocar a pele

E seguir o destino dos seres livres

Tudo o que tenho não me pertence; E amo

Assim despossuída, o abraço das tardes

Os pássaros grávidos de vento

E o sorriso das bocas silenciosas.