da pedra, duas mãos

é poesia madura

lítera, quase oblíqua

ganha moldura

se bela e compostura

já a minha, borrou

parede abaixo e,

ao tocar o chão

rodopiou como peão

é poesia madura

que não despreza escadas,

luz, taças ou tinto

já a minha,

vira sapata nas calçadas

e da pedra, duas mãos

é poesia madura,

métrica, rima dos atores

teatro das flores

já aminha, das sombras

dos homens, dos amores

Jeronimo Collares
Enviado por Jeronimo Collares em 26/08/2017
Reeditado em 07/01/2019
Código do texto: T6095668
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.