Flor sem destino
                          Poesia


 
Era somente uma rosa ressecada
despedaçando-se ao vento,
Sem qualquer direção.
Sedenta,
Louca para molhar-se na fonte.
Seguia...
Iluminada por alguns raios de sol,
que já se escondia por trás dos montes.
A flor sem destino, suavemente,
aos poucos perfumava a brisa
que vinha e resfriava com paixão o calor.
Ela era feito um poema repetitivo,
efeito de um insistente, perdido amor.
Silenciosa,
observava a imensidão do seu mundo,
que já não lhe pertencia,
sem sintomas de lamento.
Dela, fragmentos semeava o campo verde,
que aos poucos espalhava por todo prado,
um riso de desencanto.
Nos corações a saudade florescia,
aguçando antiga sede.
Sede de amor,
assim era o jeito de findar sem esperança,
daquela vida à esmo, mais um dia de flor.


 _ Liduina do Nascimento
 
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Enviado por Liduina do Nascimento em 26/08/2017
Código do texto: T6095237
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