Impressão

O homem que entrou era torto e maltrapilho,

Me causou medo e antipatia, seu lugar não era ali.

Ao meu lado um rapaz belo, o inverso do homem torto,

O olhou com gentileza e aceitação.

O olhar do homem torto não mentia sua alma,

Tão linda e espontânea, me senti envergonhado.

Já não o via da mesma forma, não que ele tivesse mudado.

O via como eu era, torto e maltrapilho, sem lugar no mundo

E com rumo avulso.

Mas um dia hei de me encaixar em um espaço torto da vida

E, enfim, valorizar a beleza que há no ato de assumir a si.

Edgar de Azevedo
Enviado por Edgar de Azevedo em 25/08/2017
Código do texto: T6094690
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