Impressão
O homem que entrou era torto e maltrapilho,
Me causou medo e antipatia, seu lugar não era ali.
Ao meu lado um rapaz belo, o inverso do homem torto,
O olhou com gentileza e aceitação.
O olhar do homem torto não mentia sua alma,
Tão linda e espontânea, me senti envergonhado.
Já não o via da mesma forma, não que ele tivesse mudado.
O via como eu era, torto e maltrapilho, sem lugar no mundo
E com rumo avulso.
Mas um dia hei de me encaixar em um espaço torto da vida
E, enfim, valorizar a beleza que há no ato de assumir a si.