De tantos cantos
Vivo onde o infinito se faz presente
Entre a escuridão e a temperança
Sigo em pensamento o meu silêncio
Sinto no sonho uma angústia profana
No olhar da alma em léguas
O caminho alcança o último degrau
Onde o sol interage com a noite
As dúvidas se alastram na tez do destino
Na parte isolada e excêntrica
Sem pressa vou pontuar meu pranto
Tomando conta de tantos cantos
Em meu corpo sinto a essência do prazer
Ando léguas em pensamentos sem sombras
Longe do passado a idade dobra a hora
Fico em silêncio num mundo estreito
As lagrimas sorrateiras desfiam meu pranto
Nas paredes pálidas onde o vinho
Suga a chama vazia em escalas
Por onde passa a evidência nítida
De um som versificado e belo
Minha página se espalha na ausência
Buscando palavras para construir fatos
Nos versos encontro o meu refúgio
Colo meu gesto ao vulto exato
Findo como se fosse inútil falar com DEUS
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