QUE TEMPOS
QUE TEMPOS
Angústia e violência
De mãos dadas
Retratam com cor forte
Os dias que correm
Sente-se o medo
Não do ocorrido
Mas do que ocorrerá
Sente-se a dor
Que dói sem marcar
Uma parafernália de infernos
Na rosa dos ventos
Que fazem voar espinhos
Que dilaceram carnes
E ferem mentes
Tornando vermelho
Tudo que é espelho
Refletindo a imagem
Maculada, ensanguentada
De tempos opacos
Espelhos em cacos