QUE TEMPOS

QUE TEMPOS

Angústia e violência

De mãos dadas

Retratam com cor forte

Os dias que correm

Sente-se o medo

Não do ocorrido

Mas do que ocorrerá

Sente-se a dor

Que dói sem marcar

Uma parafernália de infernos

Na rosa dos ventos

Que fazem voar espinhos

Que dilaceram carnes

E ferem mentes

Tornando vermelho

Tudo que é espelho

Refletindo a imagem

Maculada, ensanguentada

De tempos opacos

Espelhos em cacos

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/08/2017
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