O Amor é Como o Mar

Olhando para os meus pedaços caídos ao chão,

submersos sobre às lágrimas que não consegui evitar,

os observo se movimentarem como se pedissem perdão,

perdão por não conseguirem não me deixar quebrar.

E agora com o que eu vou me colar,

se o amor que era para ser à cola foi à faca a me despedaçar?

Mas o amor sempre foi assim, te seduz para depois te afogar.

Começa como uma poça, e acaba virando mar.

Ah mar...

Amar.

Não, eu não pude evitar.

E agora, com o que eu vou me colar?

Um grilinho se aproximou dos meus caquinhos,

os tocou e começou a dizer:

Não importa quantas vezes você quebre,

você sempre tem que se refazer.

Não importa quantas vezes você ame,

você sempre tem que se permitir ver,

que quando o amor não servir como cola,

à cola tem que ser você!

Se deixe ouvir pelas coisas que para você são boas,

seja pelos meus irmãos grilinhos, ou pelos sapinhos nas lagoas.

Se permita amar sem se importar quebrar,

se permita quebrar para que um dia o vento sopre teus caquinhos e você possa voar.

Teus caquinhos podem voar pra longe, e você se perder,

mas agora você sabe, você pode se refazer!

Jéssica Batista
Enviado por Jéssica Batista em 25/08/2017
Reeditado em 18/09/2019
Código do texto: T6094251
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