A morte
De tanta poesia perdida,
Cansei de tentar... Tentar...
Tentar poetizar e sempre morrer poeta,
Fracassar.
Sem casa pra deixar,
Sem cachorro, gato ou Quatí pra me despedir eu vou
Inconvencionalmente me despeço de todos.
Doem tudo e recontem nossas lembranças,
Eu vou...
Sem direção
Como maré vazante,
Como flor solta, murchando.
Vou sem jóias frias, mortes quentes...
O fim seria assim?
Ficam os fios de meu cabelo solto na água, na rua de baixo
E em varandas de Londrina.
Toquem gentilmente meu corpo, seco, liso...
Num último suspiro...