Meus Fantasmas

Acordo a noite, assustado.

Não vejo fantasmas,

Mas percebo-os

Pelas frestas da minha vida

Espiando-me, bisbilhotando-me.

Meus fantasmas confundem-me:

Às vezes penso que não existem;

Outras, penso que me espreitam,

E noutras, acho que sou eu mesmo.

E, neste caso, assusto-me...

Meus fantasmas não são bons

Mas também, não são maus.

São apenas fantasmas,

Espectros de alguma coisa,

Reflexos mal definidos,

Descabido, assim, bondade,

Crueldade ou malefícios.

Meus fantasmas não são reais,

Mas existem enquanto eu viver.

Projetam-se para mim

Dos confins da nebulosa parte

Da minha alma penada...

Mallmith
Enviado por Mallmith em 16/08/2007
Reeditado em 16/08/2007
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