FACETAS DA MORTE
A morte, nem sempre mora onde você pensa
... Mas vive por ai, misturada a alma da sua
crença. Ela que mora no calor do oeste, passeia
no frio do leste, vive sob o gelo do sul, e todavia
habita pelos ventos quentes do norte...
A morte faz ronda incríveis faces com a faceta da
vida e com sua onda. Adentra sob os processos
dos desvalidos choros e passa desgovernada pelos
trejeitos dos risos. A morte amordaça todo tipo de
juízo e régua todo aquele dito de castigo dos seres
que, vive para morrer, e já mortos pensam que
estão vivos.
Ela esta encalhada no DNA dos fracos, assim
da mesma forma que faz morada no DNA, dos
fortes. A morte esta sob a espreita dos seres vivo
assim como habita sob o silencio d'aquele que
encontra-se morto, ela busca o vivo enquanto esta
vivo, mas apos morrer, ai então ela morre...
Morre e se enterra sob a cova do audacioso tempo.
A morte, mesmo mal ou boa continua sendo morte...
Sem asas, ela voa, sem pé, ela voa... Voa pelas assas
inventada da noticia, Voa pela boca de pessoas
ruins e por boca de pessoas boas.
A morte não é uma coisa a toa, a mote, voa,
a morte
zoa, zoa pelo sol, zoa pela chuva, e zoa pelo mundo
da garoa. Ninguém é dono da morte, mas ela tem
a vida de quem esta vivo, estando longe ou perto,
por trilhos tortos ou retos... A morte disputa o bruto,
e atira
aos ajuntamentos dos retos.
A morte, é a balança loca de um povo hipócritas
E na contra partida, a morte é vida, ela morre
para abrir espaço para a vida de quem esta vivo.
Você não contrata a morte, mas se você esta
vivendo, ela cavalga sobre o seus sentimentos
e vai moendo os pensamentos e a sua estica, e
sob um tranco, te leva. Te leva, não sabemos
se para brinca, ou se para encerrar os grilos, ou
apenas para te colocar nos trilhos...
O que sabemos, é que se vacila, ela pegará em
seu descarrilo, e te coloca em evidências nos
trilhos do ultimo trilho.
Antonio Montes