Ternura (in: Goiânia Post-Mortem)
Tenho descoberto aos poucos
o prazer das pequenas coisas:
de uma música ouvida a dois,
de uma conversa rápida enquanto se espera o ônibus,
de telefonar só pra ouvir sua voz...
É, o amor é simples;
A paixão não:
ela se dá a grandes expansões lexicográficas,
construções intrincadas desprovidas de sentido,
esbanjares morfossintáticos
e, rapaz, é sofrido...
O amor está num sorriso,
num olhar,
num “quero te ver, tô com saudade”,
nos pequeno detalhes,
nas pistas que você me deixa,
numa carícia velada...
Amar (você) me traz tranqüilidade.