*Autor Desconhecido

Assim viveu o desconhecido

Como se ninguém tivesse existido,

Fazendo das letras uma companhia,

Criando seu mundo de fantasia.

Um dia cansado da monotonia

Os olhos ele abria

Desejando ser cego,

Pois viu tanta gente alimentando o ego

A custa da ignorância alheia,

Pessoas presas nas teias

Que mesmo criaram.

Ao invés de sangue nas veias,

Nos olhos...

Ele viu casas de concreto

E moradores com coração de papelão,

Percebeu que o certo

Era ser vilão.

Pobre homem...

Descobriu que seu mundo de fantasia deveria ser o real

Fechou os olhos e a porta estava trancada,

O anônimo passou a existir como um homem normal

A sua vida lhe foi arrancada.

RodrigoZz