Efêmero silêncio
Quando o teu efêmero silêncio grita,
A voracidade da tua voz me acorda.
Tuas perenes palavras me alcançam,
E na calada da madrugada me invades.
Me invades em silêncio,
Um silêncio gritante que me tira o fôlego,
Tuas palavras borbulham em minha mente,
Mas estão presas dentro de mim.
Não há certezas dentro do que sinto,
Mas tuas palavras me ascendem,
O grito do teu silêncio me tira o sono,
Algumas de tuas verdades me liberta.
Nessa liberdade, encontro essência,
Na essência, nós dois.
Em nós, os gritos que nos atormentam
Em silêncio.
Onde nos desencontramos?
Como voltamos a nós?
É, parece que tudo volta ao seu devido lugar,
Quando o grito do teu silêncio invade a janela do meu quarto.
Acordo,
Perco o sono,
Te encontro
E me perco.
Mas em teus ausentes abraços,
Me acho.