Efêmero silêncio

Quando o teu efêmero silêncio grita,

A voracidade da tua voz me acorda.

Tuas perenes palavras me alcançam,

E na calada da madrugada me invades.

Me invades em silêncio,

Um silêncio gritante que me tira o fôlego,

Tuas palavras borbulham em minha mente,

Mas estão presas dentro de mim.

Não há certezas dentro do que sinto,

Mas tuas palavras me ascendem,

O grito do teu silêncio me tira o sono,

Algumas de tuas verdades me liberta.

Nessa liberdade, encontro essência,

Na essência, nós dois.

Em nós, os gritos que nos atormentam

Em silêncio.

Onde nos desencontramos?

Como voltamos a nós?

É, parece que tudo volta ao seu devido lugar,

Quando o grito do teu silêncio invade a janela do meu quarto.

Acordo,

Perco o sono,

Te encontro

E me perco.

Mas em teus ausentes abraços,

Me acho.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 21/08/2017
Reeditado em 07/01/2018
Código do texto: T6090203
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