Sonata Angelical
Um anjo canta um acalanto
Muito terno, muito manso
Para aliviar todo o pranto
Da gente de todo canto
Sabe que é tarefa complexa
Curar as chagas das flexas
Mas quando a alma protesta
O amor encontra uma brecha
Pois o amor nunca cochila
Mesmo na noite ele brilha
Desarma qualquer armadilha
Do navio é uma escotilha
Um outro anjo traz uma vela
E toca suave sua harpa singela
O repouso da gente eles velam
Com brandura e toda a cautela
Pois quando a gente despertar
O coro de anjos estará no altar
Novamente irão cantar e tocar
E a luz solar nossa janela invadirá!