coração do homem

o tempo, lassidão

e demora, curso de

graxa e gosolina,

boca infinita que

me devora, emborcado,

se reune á maquina

feita de sangue e vozes:

sou esse que anda ou

a estrada?, de gozo e agonia,

vales, desejos, os de hoje

ou de outrora, teu corpo

ainda jogado na minha

consciência me cospe

pra fora de teu canto,

livre e infame, mas de ombros,

sigo cabaleando, cada vez

mais pra onde? se teu lábio

é bomba nesse coração

de homem.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 20/08/2017
Reeditado em 20/08/2017
Código do texto: T6090039
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