coração do homem
o tempo, lassidão
e demora, curso de
graxa e gosolina,
boca infinita que
me devora, emborcado,
se reune á maquina
feita de sangue e vozes:
sou esse que anda ou
a estrada?, de gozo e agonia,
vales, desejos, os de hoje
ou de outrora, teu corpo
ainda jogado na minha
consciência me cospe
pra fora de teu canto,
livre e infame, mas de ombros,
sigo cabaleando, cada vez
mais pra onde? se teu lábio
é bomba nesse coração
de homem.