Maçada
Solitude de outrora.
Quero, mas algo aprofunda-se vazio
numa fileira que apregoa a perda.
Pingos na lupa, poema em linha reta
alhures fala entupida - faísca da angústia.
Lentidão para apagar a barba
e sem Deus escovar os dentes.
Maçada enfado pavor de gente
imbuída de caveiras com suas
carnes semanais facínoras!
Semana mais uma vez.
Teimosia taciturna reclusa
numa viagem ressentida, acesa
na sede que quer mais, porém
desvia-se, ciente da amputação
da ação que adormece em
farrapos de amor.
À revelia pipocar aspirações.
Aspiro. Cárcere inútil afogado
banhado sem pavimento.
A permissão desdenhosa de viver
com o desespero do encontro
eterno desencontro de não poder
tragar as estrelas chorosas
da visão.