Penso...
Penso que a vida
é a uma arte
como outra qualquer.
Ao nascermos
abrimos os nossos olhos
e abraçamos a vida
entoamos cânticos,
cantos e prantos.
E começamos
o nosso bailado
num ritmo só nosso
ilusão de outrem
ao pensar que nos influência.
Somos únicos...
paridos pela sorte
que conquistamos.
E bailamos, bailamos
nos ritmos mais diversos
conforme a correnteza
nos conduz.
Somos jovens
somos luz
vida que anseia
na busca do querer ser
na necessidade de ter.
Viandantes solitários
de nós mesmos
escorramo-nos...
em sentimentos
necessários como
alimentos para alma.
Vida frágil
como um sopro se esvaí
nas encostas esquecidas
deixa pranto e saudades
em outros poucos
que cruzaram nossos dias.
Fica em nós incertezas
desejos quiçá
de um bailado
que ficou por acabar!
Betina Marcondes