Versos
Meus versos são rastros deixados aos pedaços,
não tem a perfeição desejado,
com estradas retas, são um chão empoeirado;
meus versos não fazem rima,
as vezes vem de baixo outras de cima;
percorrem linhas desordenadas
como curvas mal traçadas,
é querer desvendar um enigma,
é querer escrever o silêncio do meu eu em noite enluarada;
o que não se explica em uma estrófe trocada,
podem ser interpretadas por metaforas...
prestes a explodir num coração,
entrando em erupção...é um vulcão;
é tempestade de areia, e o fio da aranha numa teia,as palavras não se encaixam, como curvas que não se acham;
isso tudo parece insano,
pois tento descreve-los a anos,
sem encontrar um caminho,
assim viajo sozinho,
pois nas noites sou o sonho, no dia a realidade,
de um mundo em transformação constante,
sou como a poeira que vira pedra,
para o tempo virar diamante.