CARACTERES

(Parábola do bom samaritano)

Na estrada para Jericó,

as feridas do viajante

despojado, rosto no pó,

por um ladrão mutante:

- o que é teu, é meu.

Nessa mesma estrada

passa avaro sacerdote.

Vendo a cena, alarga

o passo, apressa o trote:

- o que é meu, é meu.

Passa nesse caminho

um levita indiferente,

lendo um pergaminho

finge não ver o parente:

- o que é meu, não é teu.

Até que um estrangeiro

piedoso parou a viagem.

Sem apego ao dinheiro,

azeitou, atou as feridas,

conduziu-o à estalagem,

pagando o seu repouso:

- o que é meu, é teu.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 18/08/2017
Código do texto: T6087852
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