A Revolta do Tempo
A Revolta do Tempo
Há dias em que as horas não passam,
E estagna o relógio sem que lhe peçam,
Os pensamentos voam em outro cometa,
Em voo suave e colorido de borboleta;
Sinto a falta do toque da alma,
E do mundo fantástico que seguro na minha palma,
Imagino o calor, o vermelho e o perfume,
Preciso do aperto e do aconchego do teu lume,
Viro com os dedos o ponteiro das horas,
E o bater lento, me questiona porque demoras,
Virtualizo o andar para a frente,
Faço o filme do futuro na minha mente,
E fico rendido no processo,
E deliciado na criatividade e no excesso,
Incito à revolta das horas, e fico sem tempo,
Grito a partida, é este o momento !
Nenúfar 15/8/2007