Rei
O sol quedou-se na minha
boca de alecrim,
nos meus lábios fornidos.
e pôs fogo nos meus dentes,
a língua ficou lúbrica,
e como uma cobra vibrando,
mordi-lhe entre as entranhas....
com duas garras acesas,
prendi seu dorso num
baú de couro e ferro,
e arranquei o pescoço
da árvore, que já seca,
ainda mandava num
mundo de labaredas.