Águo o quanto de seco da vida suporto e ardo

Águo o quanto de seco

da vida suporto e ardo.

Aposto, deveras ter nexo

causar-me-ia terremotos.

Na peleja dessa dor aguardo

escrevo, inscrevo, escavo.

Preto e branco no terreiro,

sou insensato de ser tão.

Cativo espero cataclismos,

o sertão há de vir a ser mar.

Além do Bojador, meu bem,

existe o Índico, e tudo é mar.

*

*

Baltazar

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 16/08/2017
Reeditado em 23/01/2018
Código do texto: T6085877
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