Águo o quanto de seco da vida suporto e ardo
Águo o quanto de seco
da vida suporto e ardo.
Aposto, deveras ter nexo
causar-me-ia terremotos.
Na peleja dessa dor aguardo
escrevo, inscrevo, escavo.
Preto e branco no terreiro,
sou insensato de ser tão.
Cativo espero cataclismos,
o sertão há de vir a ser mar.
Além do Bojador, meu bem,
existe o Índico, e tudo é mar.
*
*
Baltazar