Queijo Manteiga

07/01/17

Queijo manteiga,

Quem come se lambuza

Até passar mal.

Precisa estar bem feito.

Se não foi feito com esmero,

Passa mal, imediato.

Nunca mais tinha comido.

Sua mãe sabia fazer

delicioso.

Agora está casada.

É a sua vez de fazer.

Só sua mãe sabia fazer.

Sonhava de manhã, tarde,

noite.

Queijo manteiga não

aparecia.

Só nos sonhos.

O seu desejo aumentava.

De manhã, tarde, noite.

Seu marido chegou em casa

feliz.

Trouxe um maior queijo

manteiga.

Um pedaço grande foi à boca.

Da boca pra fora, cuspiu.

Aquilo não era um queijo

manteiga.

O marido ficou chateado.

A esposa mandou

experimentar.

Ele colocou na boca.

Da boca pra fora cuspiu.

Queria prender o tratante.

Era em vão.

Assim que vendeu o falso

queijo,

bateu asa e voou.

Ninguém mais soube dele. Adriana Quezado

3° Chamada Pública de Poesia da Kawo

Selecionada

AQAZULAY ADRIANAQ
Enviado por AQAZULAY ADRIANAQ em 16/08/2017
Reeditado em 16/08/2017
Código do texto: T6085574
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