Tabuleiro
ao querido e eterno amigo Zezu
O sol moreno espraia a filosofia
dos cachos negros.
Negrume na bruma onde estavas.
Botão na ânfora ensolarada elidida.
Reflexo mentado.
Intumescida a vida, despojou-a
em mim, infecto no xadrez
jogado indissolúvel... Plena
amplidão donde cada fio de salto
traçado quisera ser teu sorriso
violonista ferido artista carreado
para o fim sepulto.
Levitas interminável sobre o rio
embaciado da lembrança que
abriste no pátio do sonho sem
recreio que apita teu nome, já
remoto nos pedregulhos da
terra que deixaste.