Tabuleiro

ao querido e eterno amigo Zezu

O sol moreno espraia a filosofia

dos cachos negros.

Negrume na bruma onde estavas.

Botão na ânfora ensolarada elidida.

Reflexo mentado.

Intumescida a vida, despojou-a

em mim, infecto no xadrez

jogado indissolúvel... Plena

amplidão donde cada fio de salto

traçado quisera ser teu sorriso

violonista ferido artista carreado

para o fim sepulto.

Levitas interminável sobre o rio

embaciado da lembrança que

abriste no pátio do sonho sem

recreio que apita teu nome, já

remoto nos pedregulhos da

terra que deixaste.

André SS
Enviado por André SS em 16/08/2017
Código do texto: T6085562
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