Je suis sufocos
Carantonha oriental. Minha cara gasta
na carícia ofertada ao cão de
meiguice afiada - quase derramo
gotas na cozinha.
Na cal arranhões... Ah isso
é tenebroso! Veraneio com
atravancos pintados na ciclovia -
flutuo risível, de carapaça
endireitada.
Vou pela avenida ultrajante -
sou legítimo fio só fiapo
derretido à espreita de nada.
Tomo contato, perpetuo a joia
perfumada - compreendê-la?
Retorno em mim: automatismo
verborrágico refletido em porções
da lógica ensanguentada e fumegante
(gélida! gélida!)
A noite arroxeou-se...
A lida da respiração cega chega.
O sono bruto do animal.
Retenho-me em minha carapaça de sufocos.