Je suis sufocos

Carantonha oriental. Minha cara gasta

na carícia ofertada ao cão de

meiguice afiada - quase derramo

gotas na cozinha.

Na cal arranhões... Ah isso

é tenebroso! Veraneio com

atravancos pintados na ciclovia -

flutuo risível, de carapaça

endireitada.

Vou pela avenida ultrajante -

sou legítimo fio só fiapo

derretido à espreita de nada.

Tomo contato, perpetuo a joia

perfumada - compreendê-la?

Retorno em mim: automatismo

verborrágico refletido em porções

da lógica ensanguentada e fumegante

(gélida! gélida!)

A noite arroxeou-se...

A lida da respiração cega chega.

O sono bruto do animal.

Retenho-me em minha carapaça de sufocos.

André SS
Enviado por André SS em 16/08/2017
Código do texto: T6085536
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