À MERCÊ DO TEMPO...
E eu estou aqui mais uma vez
À pensar de como e de porque,
Do tempo sempre estou à mercê,
E sinto o seu agir com altivez,
Às vezes me açoita, me fere e,
Deixa que ele me açoite, de vez,
Vez em quando preciso sim de
Que ele me alerte sempre no que
Na vida minha devo ou não fazer...
E assim agir devo, à saber de que
As horas andam pra frente, pois, que,
E para traz nunca voltam nem que
O passado troque o seu lugar, se
O futuro traçar novo jeito de acontecer
Da mudança de rota que o tempo tem,
Pois de tudo de como é não se desfez
Devido o fato do se as coisas se fazer
Que às façam sempre bem feito e bem...
E tenho, como de sina a merecer,
Ficar aqui durante meu amanhecer,
Até que me chegue meu entardecer,
Emendando tudo com o meu anoitecer,
Enquanto não me é hora de morrer...
Assim vou vivendo o meu tal viver
Sem que se tenha algo por esquecer,
Pois só me lembrar se faz de meu dever
De tudo o que, infeliz ou feliz me fez...