À MERCÊ DO TEMPO...

E eu estou aqui mais uma vez

À pensar de como e de porque,

Do tempo sempre estou à mercê,

E sinto o seu agir com altivez,

Às vezes me açoita, me fere e,

Deixa que ele me açoite, de vez,

Vez em quando preciso sim de

Que ele me alerte sempre no que

Na vida minha devo ou não fazer...

E assim agir devo, à saber de que

As horas andam pra frente, pois, que,

E para traz nunca voltam nem que

O passado troque o seu lugar, se

O futuro traçar novo jeito de acontecer

Da mudança de rota que o tempo tem,

Pois de tudo de como é não se desfez

Devido o fato do se as coisas se fazer

Que às façam sempre bem feito e bem...

E tenho, como de sina a merecer,

Ficar aqui durante meu amanhecer,

Até que me chegue meu entardecer,

Emendando tudo com o meu anoitecer,

Enquanto não me é hora de morrer...

Assim vou vivendo o meu tal viver

Sem que se tenha algo por esquecer,

Pois só me lembrar se faz de meu dever

De tudo o que, infeliz ou feliz me fez...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 14/08/2017
Código do texto: T6083470
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