Sonhos Deletados
O tempo, nem sempre amigo, inexorável
Segue à revelia das nossas aspirações
E tomando rumo nem sempre desejável
Vai esvaindo-se ao explorar as próprias opções...
Não somos meros bonecos de ventríloquo
Almejamos alto, ser cabeça e não a cauda
Mirando além, p'ra um belo mundo longínquo
Miragem que o mundo real com frequência frauda
Os vencedores que a tudo superaram,
Ou mantiveram modestas expectativas,
Ou foram adequando-as às reais perspectivas
Despedindo-se assim dos sonhos que sonharam...
Aprendeu a bem viver os que aprenderam a esquecer,
Pois a boa memória geralmente traz sofrer
No rememorar dos sonhos que deletaram