Sonhos Deletados

O tempo, nem sempre amigo, inexorável

Segue à revelia das nossas aspirações

E tomando rumo nem sempre desejável

Vai esvaindo-se ao explorar as próprias opções...

Não somos meros bonecos de ventríloquo

Almejamos alto, ser cabeça e não a cauda

Mirando além, p'ra um belo mundo longínquo

Miragem que o mundo real com frequência frauda

Os vencedores que a tudo superaram,

Ou mantiveram modestas expectativas,

Ou foram adequando-as às reais perspectivas

Despedindo-se assim dos sonhos que sonharam...

Aprendeu a bem viver os que aprenderam a esquecer,

Pois a boa memória geralmente traz sofrer

No rememorar dos sonhos que deletaram

Allba Ayko
Enviado por Allba Ayko em 14/08/2017
Reeditado em 14/08/2017
Código do texto: T6083088
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