Quatro crianças
Todos passam por aqui,
Todos os monstros mesquinhos e frios.
A fumaça traz tudo! Tudo! Tudo!
E nada!
E lá na casa pintada com
Folhas de laranjeira
As quatro crianças brincam
Embaixo da mesa,
Elas se divertem com o mundo
Que não conhecem -
O mundo que enquanto isso
Gira frio.
A carne dos homens vai apodrecendo;
As águas da piscina vão secando e
Elas dão lugar para o arquejo demente!
Para o desespero vão;
Pálido olhar e sangue na amplidão, e
As quatro crianças brincam
Embaixo da mesa,
Elas se divertem com o mundo
Que não conhecem.
Gargalhadas incessantes inflamadas
Pelo ar infante; esperançosos espelhos
Divinos arregalados que estão se frutificando
(tomara que não estraguem-se, já temos
Muitos).
A chuva cai, os raios caem, a lágrima
Cai, e
As quatro crianças brincam
Embaixo da mesa,
Elas se divertem com o mundo
Que não conhecem.
O Sol já estoura,
Nas frontes todo o deleite
Se estende tocando o amanhã!
Mas na sessão vemos o
Lúgubre perto das estrelas
Tépidas, e
As quatro crianças brincam
Embaixo da mesa,
Elas se divertem com o mundo
Que ainda não conhecem -
O mundo que enquanto isso
Gira frio...
Frio...
Frio...
Frio...