QUASE UM NOVO HOMEM...

Muda-se a face, para ter-se outra cara,
Aparando as marcas de tempo, e de estradas...
Vez e outra vestindo outras vestes,
Noutras, despindo-se de tudo...
- Como se fossemos nada!
E mirando-se no espelho,
E nas retinas doutros que passam,
Quase uma ilusão de ser outro,
De ser novo, de novo se instala!
Mas, que nada!
Quando muito conseguimos ser
Quase um novo homem...
Resta o que somos por dentro,
E este ser não tem maquiagem que apague,
Nem fatiota que disfarce...
E para este, nem a nudez serve para nada!

Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
12/08/2017