MORRER INCOMPLETO.

Vou diluindo o tempo

e nele vou me perdendo,

me encontro em tudo

que passei,

e em tudo vou me escrevendo,

sou como tudo que se vê,

não tenho um só ponto a me

refletir,

sou incompleto por inteiro,

com um rio que vive

para arrumar seu leito,

no corpo deste poema quero

refletir minha agonia,

a certeza da incompletude

é meu desafio,

sou perfeccionista demais

para uma só vida,

minha solidão é o único

sinal que existo,

agora mesmo,estou fingindo

de ser a perfeição do poeta,

mas minha caneta me condena,

ela esta além do meu controle,

poem na página o que bem

quer,

a tarde escolta minha inocência,

la fora tudo move, nada caminha

como quero,

distante está a liberdade,

sua realidade é o que me castiga,

sou e não sou liberto,

sou e não sou escravo,

sou uma coisa esquisita

movida a ilusões,

não os reporto o pior de mim,

não sou eu, ninguém é no todo

integral,

somos uma coisa criada

para obedecer regras, e assim

morrer incompleto.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 12/08/2017
Código do texto: T6081615
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