TRANSFUSÃO DA DOR
Pequenas partículas,
Decompoem-se no fumo,
Onde o silêncio perde o prumo,
No caminhar dos ventos sem rumo,
Transfiguram-se os ventos sem ousadia,
A voz perdeu o destino, moradia (...)
Na coexistência da negra dor,
Lágrimas são pestes de amor,
Balas incendiarias de uma doentia paixão,
No diluir interno do coração (...)
Aninham-se os tempos em desajustes,
Diante do espetáculo dos olhos cansados,
Pálpebras, retinas em desgastes (...)
A dor que fere o coração, e mesma que fere a alma,
O vazio de quem chora, na ausência da chama,
A pele resseca-se, por não bronzear-se de amor (...)
Suores frios, na ausência do calor,
Rugas nascem muito antes da estação de outono,
Razão foi abandonada... no instante morno,
Tempo a conta gotas, atmosfera revoltante
A dor protagoniza o espetáculo na alma,
Enquanto as lágrimas actuam,
Diante do público espectante (...)
(M&M)