DA MORTE

1º PARTE: DA MORTE

Mas, da morte! Não sabemos nada,

E cultivamos uma crença como quem conserta relógios,

Entranho...

Como negamos a vida, embora não duvidamos a morte!

Da morte,

Quem seguirá comigo!

Qual beato fará as indicações finais,

Qual caminho irei... Para onde irá à indicação!

Triste, não sabe se de fato há caminho…

Renovado é o fato, que meu espirito chegará de novo, neste espaço!

Da morte, não entendo nada!

E bebo como quem renega,

O óbvio,

O certo,

O infalível,

E permaneço contrário

Isso é de mim!

Repulsa ao cadáver, e calada fico eu....

E por onde andará o espirito, do cadáver, que por vida sempre foi contrário ao corpo?

Da morte...

Mais!

Quantas amantes lembrará do meu corpo,

Quantos amigos beberá a última pá de terra comigo,

Meu pai,

Minha mãe,

Meus irmãos,

Quem estará esperando por mim, noutro mundo!

Qual amigo… batista!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 11/08/2017
Reeditado em 12/11/2017
Código do texto: T6081116
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