Absinto e poeira
Feche o silêncio da solidão sob a madrugada.
Proteja a confusão antes que ela te mate.
Eu curto um tresloucado passeio sem anfitriões,
Porque os espectros há muito tempo dialogam.
A opulência dos olhos cansa quando vazios;
O caos vem em simetria particular demais;
A boca se contrai com gentileza para a
Artéria do consternado estourar na insônia dos mortos.
Aderir os cantos com liberdade, largando-se
Num hotel com vista para a soturna mãe.
Absinto que mancha o jeans e eu
Que escondo meu coração com a poeira infernal.
Altivo olhar ao longe hipnótico de leviatã;
Monstro e a gaivota que não conhece meu amor.
Ah! Se eu visse os dois de uma ponte clandestina
Com o amor absoluto e sexos libertos! Anarquia nos poros.
Não. Nada disso. Na câmara há uma morte;
Odores hereges e minha Art Nouveau com vermes.
Eu curto um tresloucado passeio sem anfitriões,
Porque os espectros há muito tempo dialogam.