Absinto e poeira

Feche o silêncio da solidão sob a madrugada.

Proteja a confusão antes que ela te mate.

Eu curto um tresloucado passeio sem anfitriões,

Porque os espectros há muito tempo dialogam.

A opulência dos olhos cansa quando vazios;

O caos vem em simetria particular demais;

A boca se contrai com gentileza para a

Artéria do consternado estourar na insônia dos mortos.

Aderir os cantos com liberdade, largando-se

Num hotel com vista para a soturna mãe.

Absinto que mancha o jeans e eu

Que escondo meu coração com a poeira infernal.

Altivo olhar ao longe hipnótico de leviatã;

Monstro e a gaivota que não conhece meu amor.

Ah! Se eu visse os dois de uma ponte clandestina

Com o amor absoluto e sexos libertos! Anarquia nos poros.

Não. Nada disso. Na câmara há uma morte;

Odores hereges e minha Art Nouveau com vermes.

Eu curto um tresloucado passeio sem anfitriões,

Porque os espectros há muito tempo dialogam.

André SS
Enviado por André SS em 10/08/2017
Código do texto: T6079831
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