Uma palavra
Corroía como uma traça
Dissolvia-se no céu da boca e na ponta dos dedos
Como pedra de açúcar
Saciava de luz e ameaça
O estômago vazio, frio
Tal qual a vida descuidada e curta.
Saía declarando guerra
Livre e indiferente
Leve e com os pés na terra
Tão presa e ilesa quanto displicente.
E há quem diga que o vento leva
Assim leve e descomplicado
Eu duvido pois provo sem trégua
Todos os dias seu certeiro estrago.