Champ de Dieu
Passe as mãos pela minha garganta tórrida.
Segure minha mão enquanto escrevo -
Assim me sentiria mais seguro.
No momento, as letras saem feias, horríveis,
Erros de gramática.
Não posso parar de tremer e chorar!
Penso se devo mentir ou apenas iludir-me;
A preguiça é tanta funcionando como veneno.
O cinza no firmamento esfria-me;
Eu que guardo nomenclaturas pálidas no porto vão.
Porto seguro vão delirante; sinto picadas na alma!
A respiração custa tanto! Dê carinho ao meu coração
Irresponsável, como todos são!
Não brigaremos mais, minha mulher.
O tempo avança.
Esperar quando não se quer é seta doentia
Suplicando por uma cura descoberta por quem
Se ama. O amor cura e homem te faz
Acordar do sono perfeito que procurávamos.
Sendo assim, me espere no leito!
Tem desânimo no ar da metrópole; torporoso
Disfarce pelas ruelas. Fito seu desânimo
E mesmo assim há mentiras vantajosas!
Meu torpor é lindo! Dispensa o
Dinheiro que procuramos morbidamente.
Simplesmente feche os meus olhos.
Invente! Não nos interessa esse abrir-se
Verdadeiro que somos; eu planejo
Ser o que vive sem sonhos desfeitos,
Traídos pelos idealizadores desse mesmo
Sonho! Nós sofremos porque queremos.
Eu te amo, pétala dos perfumes febris!
É inacreditável quando proponho-me sair;
Famílias tristes se preparando para
O ano-novo já debilitado.
Odeio o rancor; vou ter felicidade
Contigo, porém, não aqui.
O descanso da manhã nos ama e uma lágrima
Escorre pelo seio.
Sendo assim, me espere no eterno.
Estou feliz. Alguém apague a luz.