IMPOSTO DO SUOR
Um poço de osso...
Todos, tortos!
Assim, como morto,
que deixou a vida,
como se fosse aborto.
Vida que partiu sem gosto...
para osso, ou...
Para estado pastoso,
cheio de vermes, insossos!
Uma vez era moço...
forte, cheio de colosso
mas o tempo roto,
como peixe boto...
Saltou em bote proposto,
no gozo pelo posto.
Hoje paga imposto
pelo imposto posto
suado arrancado...
Pelo suor do rosto.
Antonio montes